quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Review: Pool Party 2013 (II) - For The Glory + No Turning Back + Killing Frost + SHAPE @ Hotel Alfoz, Alcochete

REEEEEEMIX. Não tão bom como a rave party 90's dance megamix do DJ Congotronix, o homem que bate o David Guetta aos pontos, mas levaram com a primeira, agora ficam com a segunda review ao concerto. O Luís da Silva veio desde Lousada (Penafiel - Porto - Norte) e fez umas centenas de km para vir a este show. Agarrou nuns amigos, encheu o carro e vieram por aí abaixo. Só (mais) um exemplo para mandar à cara dos que se queixam que os shows são longe porque não têm uma saída de metro ao lado. Pena de não ter ficado até ao fim. Apesar de não ser fanático da CP, gosto sempre de ver comboios a passar por mim a alta velocidade. Ainda mais aqueles de mercadorias que levam tudo à frente.


Bem, este concerto quase me levou a um esgotamento nervoso.
Chega o dia antes do concerto e chego à conclusão que tenho um carro com duas pessoas e meia (um em principio só iria para baixo). Trocando isto por miúdos, a viagem iria ficar estupidamente cara. Mas eis que por volta da 00:30 o Sr Barbosa Sushi Taxista me manda uma sms a dizer que tinhamos o carro cheio. Fiquei todo contente, como é óbvio, e a minha carteira também.

Por volta da 1 da tarde o Sr. Sushi apanha-me em Campanhã já com os outros dois passageiros a bordo e lá seguimos rumo a São João da Madeira para apanhar o Fabito aka xSK8ATÉAMORTEx e daí continuamos o nosso caminho até parármos numa estação de serviço para se comer alguma coisa e para outros roubarem electricidade. Eu não comi, não curto ser assaltado e as estações de serviço estão sempre a tentar.

Por volta das 17H (penso eu) chegámos à porta do hotel com estacionamento VIP mesmo em frente a porta. Encontrei logo o DJ Congotrix à porta com um sorriso rasgado a dizer que o ambiente só estava lindo e lá entrámos.  Uma cena linda nestes concertos fora de "casa" é encontrar pessoas lindas de quem gosto a cada 2 minutos, Chef do Bar Nuno Mota a controlar a cerveja (as melhoras para a máquina que não aguentou a pressão) e mais mil pessoas que estavam na piscina que era só um dos melhores sitios onde já estive, que sítio lindo. Confere que o ambiente foi das melhores cenas que já vi na vida, toda a gente com um sorriso na cara a divirtir-se a grande com o extra de haver um grupo de Peruanos Acrobatas que a organização mandou vir de propósito para animar a malta.

Mergulho aqui, conversa ali, sandes de seitan acolá (parabéns ao Chef, estava óptimo) e chega a hora dos concertos. Ainda estou cá fora quando começo a ouvir os primeiros acordes de Shape, que começaram logo com a cover de X-Acto, ou seja, toda a gente maluca.
O concerto foi bastante bom, alias, acho que eles não conseguem dar um mau, o Cabeças é para mim um dos melhores vocalistas da tuga. Nunca tinha visto um concerto de Shape cá em baixo, mas fiquei espantado com o pessoal amigo deles (e não só) a limparem a sala de ponta a ponta. Portanto não tenho muito a dizer, Shape = Bom!

A seguir entrou Killing Frost, depois do concerto infernal no Porto ia com as expectativas em alta, mas saiu-me plano furado! As pessoas que estavam a curtir o concerto eram as mesmas que estavam no concerto no Porto enquanto as restantes se limitavam a olhar. Não percebi o porquê. Se não
percebem a cena, se é por ser demasiado rápido ou por não ser igual às bandas que toda a gente gosta. Anyway, eu gostei e ri-me com as dicas que o André mandou. Há quem lhe chame azia, eu chamo realidade, mas não é fácil levar com verdades assim na cara sem espinhas, eu percebo, até a mim me demorou a digerir.

A seguir No Turning Back. Perguntei a várias pessoas se este tinha sido o melhor concerto deles cá e as respostas foram positivas, por isso tentem imaginar. Já não me lembro bem da tracklist, mas sei que logo no inicio tocaram Never Give Up e Same Sad Song e isso é mais do que motivo para eu ligar o comboio expresso com destino a Porto São Bento. O pit estava muito agressivo e nisso resultaram duas miúdas feridas (espero que já estejam melhor). Já todos sabemos que ali no meio podem sempre existir
danos colaterais, mas quando os há, é preciso ser homem o suficiente para se pedir desculpa e ajudar no que for preciso e não ter a atitude de puto e fugir para trás dos amigos. Acabaram o concerto com a Web of Lies, ou seja, com toda a gente à sapatada. Como se quer, portanto.

E por último subiram ao palco For The Glory que comemoravam uma década de banda, o que serviu de mote para esta festa. Com o pessoal ainda quente dos outros concertos o cenário não foi diferente, tudo a curtir do primeiro ao último momento. Stage Dives, circle pit, rotativos e pontapés, comboios expresso...Valia tudo, menos morder! Tocaram algumas músicas do novo álbum Lisbon Blues, que ao vivo resultam muito bem, curti principalmente a música com o Cabeças, está mesmo grande power. Pah, e foi isto, quando os concertos são bons não há muito para escrever.

Acabadas as festividades, ficámos um bocado no paleio até que chegou a hora de ir para casa do Tofu e o seu gato Beribu, onde iria tomar uma chuveirada e dormir! E assim foi. Banho, xixi e cama, como bom menino que sou (nem ouvi o tiroteio que houve na parte de trás do prédio). Fique a saber que "há uma linha que separa a Amadora do faroeste...é a rua do Leo". Obrigado Tofu pela dica.

O domingo foi reservado para almoçar num indiano vegetariano e dar uns giros em Lisboa. Cheguei a casa por volta das 23h e dormi que nem um menino, acordando no dia a seguir com um sorriso na cara e cheio de força para enfrentar o primeiro dia na universidade.

Obrigado Hardcore, por me dares estes momentos e me mostrares estas pessoas!

Luís Refer da Silva.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Review: Pool Party 2013 - For The Glory + No Turning Back + Killing Frost + SHAPE + Grito Cru @ Hotel Alfoz, Alcochete

Dizer que esta tarde/noite foi mega boa é pouco. Infelizmente tive de ir embora ainda No Turning Back davam os acordes da segunda ou terceira malha, pelo que recorri ao sempre sincero e engraçado Ricardo Servo, o mais pesado de Alvalade, para nos presentear com o seu ponto de vista de toda a experiência. Foi tão bom que vamos ter duas reviews, uma do moço de Lisboa que acabei de introduzir e outra do Norte (carago!). Porque nem todos pensamos da mesma maneira, nem vemos as coisas de forma igual.



Sábado, 14 de Setembro de 2013, 15 horas! Entro no bote do MC Mais Agressivo da Pontinha, a.k.a Tinório! Destino… BP do Areeiro onde MC Tinório e o melhor rabo da zona ARA foram ter com Mister Músculo Noia, dama Bela e Mr. Clock, aguardamos mais um pouco pela chegada de Paiva, o Hipster Maravilha que resolveu não levar calções de banho para uma festa na piscina (mas tenho de dizer mais alguma coisa? Foi à água vestido que se fodeu!!). Beber um café, fumar um cigarro (ya, na bomba de gasolina! Zona ARA não brinca, cuidado!!)  e lá seguimos caminho. House pausado da disco, bóia cheia e música aos berros numa carrinha que é o maior antro de tesouros que já vi. Carrinha do Paiva sta bati!

Chegámos a Alcochete, voltas e voltas para dar com o hotel que o caminho que o GPS nos dizia tinha a estrada cortada. Lá chegámos por volta das 16.30/17 e tudo pronto, música do Space Jam ao longe, se tá a dar isto é porque vai bater e é uma festa pra duros!

Como boa festa da piscina de hardcore, damas era escasso. Bué homens nus. Óptimo, melhor não podia haver! 2 minutos e ficamos sem brinquedos. Levámos bóias e pranchas e levámos logo banhada, queriam brincar levássem os vossos brinquedos!

Dos melhores ambientes que tenho recordação em concerto de hardcore, tudo bué contente, mergulhos, concurso de bombas. Beber uma, beber outra, até que começa a ficar frio. É chato, mas lá nos aguentamos mais um pouco, não me lembro de festa tão grande com tão boa onda, sou honesto. Roda a dançar crunk.

Começam os gigs. Grito Cru é hiphop. Não é normal ver hiphop em concertos de hardcore embora os princípios sejam mais ou menos os mesmos, mas pronto, foi bacano. Fizeram um beat com a Wont Crawl On My Knees de FTG e teve bué piada, boa cena mesmo, quero ouvir mais dos manos e nunca mais me lembrei de ir à procura.

A seguir vinha Shape. Desde início que adoro a banda. Que feeling em palco, o Cabeças é dos gajos que mais curto ver ao vivo, não sei se será o ultimo ou dos últimos concertos do Peter, mas tenho pena, o bacano tem granda cena em palco, dá pinta como o caralho! Deram um cheirinho de coisas novas, curti! Senti a cena mesmo, can’t wait for more.

A seguir veio Killing Frost. Coitado do mano, nada contra a banda, mas o vocalista tava aziado com a vida e acho que isso prejudicou em muito na sua “performance”. Com todo o respeito ao bacano, mas começar um gig com a dica de que nunca mais vem a Lisboa porque não está habituado a tocar para um poço vazio é só má onda. Vem cá poucas vezes, é normal. Não se desculpa com a cena dos putos só quererem Breakdowns se não em Chalenge era a mesma merda e cada vez é menos. Eu sinto a cena old school e só pela atitude para mim perdeu os pontos todos. Já toquei para 7 ou 8 pessoas e dei o máximo na mesma, a mesma energia e vontade para 10 ou para 10000! Fica a dica! Se Hardcore já não lhe diz nada como fez questão de afirmar, deixe de tocar, se não faz sentido, estar a forçar é mau e dá rugas, todo o respeito a Kiling Frost, curto do som, mas pessoalmente não curto atitudes assim, não é arrogância em palco que faz ter mais gente a frente…

No Turning Back vem a seguir, montaram tudo rápido e let the games begin. Parecia um combate MMA, nunca vi tanta chapada num concerto, só se ouvia corpos a bater. Bueda bom! Abrir com Take Your Guilt e 5 segundos de concerto e já tava com o lábio aberto. Maravilha, foi muita bom! Montes de energia,  dives e porrada que fervia, o pit estava infernal mesmo. Senti bué quando o Diogo de SYC pede porrada com a frase “Sabem o que fazer ou tenho de ir eu aí abaixo?” Tuga Style!

FTG. Os senhores da noite. 10 anos de banda e lançamento do Lisboa Azul!
Ricardo e os irmãos da Glória dão início à festa. Intro seguida de um olá emotivo e pumba, 2004 style, Drown in Blood (ou metade pelo menos). Foi um festival de pregos mesmo à que sa foda, tudo a curtir na mesma,  mesmo eles próprios, o João a rir se e vai pa frente. "Tá feito, Tá feito". Muita bom, big up para o último pile on e definitivamente o “bonito” que foi faltar a energia a meio da Survival of the Fittest, continuar a bateria a tocar e toda a gente a cantar na mesma, foi daquelas falhas que tiveram muito bom resultado e fizeram um momento mega mítico no concerto!
Foi dos melhores dias que tive na minha vida, granda espírito e granda props para o Congas por ter arriscado nesta merda. Definitivamente ficará para a história, pelo menos eu não me vou esquecer. Marquem já a próxima Pool Party do ano que vem que isto rende!

Sabem como é que é… Falem Bem!

Big up para a falta de gasolina à porta de minha casa quando chegamos a Lisboa!

Review por Ricardo Servo