segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Review: Headache Fanzine #2


Com o número #3 quase a bater à porta, finalmente a minha atenção voltou-se para a Headache Fanzine. Não tendo apanhado os dois primeiros números na altura do lançamento, surgiu a oportunidade de safar este número no meio de umas tapes que me iam enviar.

Obra do alemão Michael Franke, vocalista de Mental Refuse/The Accursed e mais umas coisas, aproveitou a estadia na Austrália não só para ir fazendo umas bandas como para meter mãos à obra numa fanzine.

Começando pela capa. Bota a esmagar uma cara - imagética hardcore? Presente!

A zine abre com referências a Killing Time e Arms Race, para rapidamente dar lugar a uma ótima entrevista aos valencianos Poder Absoluto. Sigo esta banda desde o tempo em que eram Altercado Espiritual (entrevista no blog!), e o Alberto é um gajo que ama duas coisas: hardcore e a sua cidade. Temos direito a dicas gastronómicas e culturais, sempre com aquele discurso venenoso sobre os cleptocratas que dominam a cidade. Boa dica sobre o hardcore estar "preso" à língua inglesa e ao pouco espaço que sobra para as diferentes línguas maternas. Discussão com barbas, mas sempre em dia, seja qual for o género musical. Ao longo das 3 páginas A4 ainda há uma ode ao Andy Fletcher e mais umas farpas bem lançadas à cena.

A seguir: Combatant. Se curtem a fase inicial de Agnostic Front (Victim In Pain!!!) esta banda é para vocês. Desde a história dos primeiros lançamentos à mudança na sonoridade no último registo, dá para ir a todas. E se acham que a conversa dos "turistas do hardcore" é conversa de velhão na tuga, fica a prova que os há em todo o lado. Velhos e turistas, claro está.

Os Enemies eram os desconhecidos (para mim) desta edição. Parece que o vocalista toca baixo em The Chain! Malta de Calgary que ganhou direito a audição posterior. E valeu a pena!

Mantendo-nos no Canadá, vamos até ao extremo oeste e à província da Colúmbia Britânica. Conhecia os Watchdog sobretudo pelo artwork do ep feito pelo Tin Savage (fã!) mas musicalmente também não era nada de deitar fora. Responde-se a questões sobre qual o melhor disco de Foreseen (resposta fácil...), história e porquê de lançar um ep de 10 músicas em tape e o que podemos esperar para o futuro. Mais uma vez, entrevista em duas páginas A4 dá-te muito material para te entreteres. A4 > A5 now and forever.

Contras só mesmo o zoom aplicado na impressão de algumas fotos que lhe dão um toque pixelizado, bem como o brilho da impressão, que acima de tudo tem impacto na leitura das respostas dos diversos entrevistados, face à escolha da cor da fonte (cinza? c'mon man!).

Mas face a tudo o que foi descrito acima o bom dá cabazada no mau, e já vou esfregando as mãos à espera do e-mail a confirmar que o novo número já foi para impressão e a encomenda não tardará a chegar. Segundo o Michael "ainda faltam algumas respostas", o que na minha (pouca) experiência pode significar meses...



Cópias do #2 e #3 brevemente disponíveis em Portugal via Backwash Records

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #13

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.





Prontos para a semana número 13? Não?! Tarde demais, aqui vamos nós... 

Miracle Drug - War Within - Alguém se lembra de uma banda dos 90s chamada By The Grace Of God da Victory Records? Pois bem, esta é a "nova" banda do vocalista e este EP novo saiu na War Records, a editora do gajo de Strife que lançou também Reality Slap. Acho que vai ser fácil este EP passar ao lado de muita gente. O som que tocam não é o mais "trendy" e a banda não tem hype. Mas esta música tem vários ingredientes que me agradam no Hardcore. Bom riff de guitarra, especialmente as partes mais melódicas, parte a abrir e assim alguns toques de bateria mais "fora". Boa malha!

Real Friends - Get By - O Pop Punk está vivo e de boa saúde. Parece que já passou tempo suficiente para voltar a ser popular. E uma cena fixe que está a acontecer é que as bandas antigas algumas estão a voltar a lançar discos, mas há também várias bandas novas e com qualidade. E os Real Friends são uma delas. O disco mais recente deles é de 2016 e chama-se "The Home Inside My Head" e sendo de 2016 não é espectável que a banda edite um disco novo em breve. Apenas lançaram esta música antes das datas que iam fazer. Provavelmente é uma malha que não entrou no disco de 2016. Ainda está calor no Algarve, por isso ainda sabe bem ouvir um bom Pop Punk.

Incendiary - The Product Is You - Já há alguns tempos que via o nome desta banda por aí, mas é uma daquelas coisas tipo "um dia destes vou ouvir, já me falaram bem disto" e esse dia demorava em chegar. O disco já saiu em Maio, mas ainda podemos considerar que seja uma "novidade" não? Não interessa, a playlist é minha e não tenho que vos dar satisfações). Falando mais concretamente da banda, aqueles que ainda não conhecem é para variar algo que soa a 90's. Sim, estamos naquela altura em que os 90's são fixes outra vez e bora lá fazer a banda soar a isso. Tem algumas influências metaleiras, nos riffs e nos andamentos de bateria, mas a voz é 100% Hardcore. Aliás, mais depressa me conquistam pela voz que pelo instrumental. Não sei se isso acontece muitas vezes.

Open City - Hell Hath No Fury - Open City é nada mais nada menos que a banda nova do Dan Yemin (Lifetime, Kid Dynamite, Paint It Black). Acho que basta escrever isto para despertar interesse em algum pessoal. Se há coisa que o Dr. Yemin não sabe fazer são bandas más. Em regra geral são excelentes musicalmente e mordazes em termos de letras, mesmo não sendo ele o letrista em todas elas. Os Open City surgiram assim de fininho, sem estarem associados a nenhuma editora o que se calhar diminuiu um pouco o impacto que a banda poderia ter. Se calhar pode-se dizer que a banda soa mais a Paint It Black, mas com uma miúda na voz. Este disco foi mais um dos gravados pelo Will Yip. Será que este senhor não consegue gravar um disco mau?

Dashboard Confessional - We Fight - Sim, o Chris Carrabba está de volta e o novo disco de Dashboard Confessional saí dia 9 de Fevereiro e este é o primeiro single. Sinceramente a versão "eléctrica" da banda nunca me chamou tanto a atenção como as cenas acústicas do inicio. Esta era a banda que os tough guys dos 00's ouviam com a namorada, mas sem dizer a ninguém que gostavam, eheheh! Em 2017 já não me diz muito, mas vale pelo factor nostálgico. Se não estiverem para aí virados podem passar esta à frente, ou então deixem-se ficar. Se calhar até vão gostar.

Corrosion Of Conformity - Cast The First Stone - E sejam bem vindos à malha metaleira da semana. Os CoC começaram como uma banda mais Hardcore, mas depois transitaram mais para o Crossover/Metal. Pelo menos é o que diz a wikipedia. Esta é uma daquelas bandas que li o nome mil vezes e é facilmente reconhecível, mas não me lembro de nunca ter ouvido nenhuma música. Tenho de combinar um café com o Pedro Bica para ele me instruir acerca dos CoC. Esta malha é cheia de Groove e soa àquele Southern Rock/Metal. Ouve-se bem. O disco novo sai dia 12 de Janeiro na Nuclear Blast. Até para a semana \m/

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #12

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.




Eis que chegou a semana #12 do NCE no Spotify com tudo um pouco, menos Hardcore... Querem Hardcore tivessem ido ao show de Cro-Mags a semana passada. Agora vou ouvir Moz no repeat e lamentar-me por não ter conseguido ir ao dito show...

Quicksand - Warm And Low - Já ouviram aquela do "Ah e tal, o novo disco de Quicksand é um bom disco de Rival Schools"... não?! Sinceramente até é normal que uma ou outra malha soe a Rival Schools, o Walter é o Walter. Não me admirava nada que uma ou outra música não tivesse sido originalmente escrita para Rival Schools. Mas isso é mau?! Claro que não, tanto uma como outra banda são excelentes. Fico apenas a fazer figas para que em 2018 haja um disco novo de Rival Schools que soe a Quicksand. Era tão bom não era?! 

Pears - The World Is Ending - Na semana passada coloquei uma música de Direct Hit deste split, agora é a vez de uma música dos Pears. Esta é uma daquelas bandas que até tem um certo hype na cena Punk Rock americana naquela onda tipo The Lawrence Arms, Dead To Me ou Smoke or Fire. Ou seja as bandas mais dos 2010's da Fat Wreck. Infelizmente nunca lhe dei grande atenção, mas a julgar por esta música terei de remediar isso num futuro próximo. 

Pianos Become The Teeth - Charisma - O PBTT são daquela escola da Run For Cover Records. Jogam no campeonato que fez o Rafael Madeira o Rei do Emo na América Latina. Basement, Title Fight, Tigers Jaw, Turnover, Citizen, etc. Se gostam de alguma destas bandas quase de certeza que também gostam destes Pianos. O disco novo vai sair novamente na Epitaph em 16.02. Se a tendência nos últimos tempos foi das bandas usarem som limpo nas guitarras e muitos pedais tipo delay, chorus, etc, a julgar por esta música, ia jurar mais que isto era um lançamento dos late 90's da Revelation, tipo Elliott. Não vos parece?

Gatecreeper - Mastery Of Power - E nada como um pouco de Death Metal para limpar o palato desta lamechice toda não é? Este 7" novo com duas malhas fica disponível a 21.11 pela Closed Casket Activities. Death Metal não é o meu estilo musical de eleição, mas achei bastante piada a esta banda e esta malha. Estão neste momento em tour com Cannibal Corpse e Power Trip nos USA. 

Drug Church - Weed Pin - Acho que é aceitável dizer que os Drug Church são daquele campeonato Indie/emo/grunge/post-hardcore dos Beach Slang que parece que tem vindo a crescer. Se a onda da Run For Cover é mais guitarras limpas e a cena mais Shoegaze e afins, esta onda tem mais guitarras sujas à Nirvana. Estão neste momento em tour com os The Story So Far e Turnstile nos USA. Deram agora o salto e o disco novo vai sair pela Pure Noise. Noiceeeee!! 

Morrissey - Jacky's Only Happy When She's Up On The Stage - E nada melhor que terminar a playlist desta semana com mais uma música nova do Moz. É certo que vou gostar deste disco e pelo que tenho ouvido mais das músicas que têm sido divulgadas parece-me um disco mais na onda do You Are the Quarry, que na minha opinião é um dos melhores do Moz a solo. Infelizmente ainda não consegui ver o sacana ao vivo. Da vez que ia ver, há uns anos em Cascais, estávamos todos num carro a sair de Faro para o show quando um de nós recebe uma mensagem ou um alerta a dizer que o show tinha acabado de ser cancelado. Ao menos estávamos a sair de Faro e não a meio do caminho... ou à porta do show... anyway... Tenham um bom fim de semana. 

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Review: Cro-Mags + Dimension + Ground & Pound @ RCA, Lisboa


Em jeito de disclaimer, é conhecido de todos o atual beef entre o Harley e o JJ, e quer tu escolhas uma equipa (e eu tenho a minha escolhida) ou sejas dos que só gostam de assistir na bancada ao circo, a verdade é que os Cro-Mags, e o Age of Quarrel em específico, foi um ponto de viragem na cena hardcore. Com a aparente impossibilidade de uma reunião do lineup "original" por todos os motivos e mais alguns, a vinda do John Joseph e Mackie Jayson a tocar o Age of Quarrel com a ajuda do AJ de Leeway seria sempre uma oportunidade de ver estas músicas tocadas por parte da formação deste disco, especialmente num país onde estas visitas são raras. Se são Cro-Mags ou Fauxmags deixo ao critério de cada um - a história é pública, e quem fez o quê também.

Tinha tirado o dia por outros motivos sendo que isso acabou por permitir que o Pontes me apanhasse perto de casa a meio da tarde. Ia emprestar o amplificador de guitarra ao AJ pelo que íamos cedinho para o RCA. Chegámos lá e passado um bocado aparece o Congas e o Emanuel com parte da banda. O JJ tinha ficado no hotel a descansar e só ia aparecer depois de jantar.

Andei lá ajudar a montar tudo, sendo que fui o gajo menos útil em palco graças aos meus fracos conhecimentos técnicos da coisa. Parece que o amplificador do Pontes era coisa rara e essa raridade fez com que o AJ Novello tenha arranjado ali um amigalhaço, já a trocar dicas de afinações e sei lá mais o quê. Aguardo pelos Leeway portugueses com o Pontes ao volante. Fizeram o soundcheck e deu logo para ver o Mackie a trabalhar na bateria. O gajo toca quase em pé, com o banco todo levantado mesmo a pedir avarias...mas já lá vamos. Todos nos questionávamos quem era o baixista de bigodaça farta com autocolante da Lockin' Out no baixo, dúvida só desfeita ao final da noite (Violent Minds maaaan!). A meio do soundcheck saí que entretanto tinha chegado a tropa algarvia e era altura de por a conversa em dia.


A hora do jantar aproximava-se e o fim do soundcheck também. Fui chamar o Pontes para irmos à pizzaria e lá estava ele no backstage com o AJ a comer bananas enquanto o resto da banda já tinha ido comer um peixinho ali ao pé do mercado de Alvalade. Acho que ele ainda aguarda o regresso do Pontes que tinha ido só buscar umas coisas ao carro...

Concertos em Alvalade pedem aquela pizza crucial. Grande, não muito cara e perfeita para acompanhar boas doses de risada. Doses de risada multiplicadas com patrocínio do JJ, que no quarto de hotel ia fazendo diretos no Instagram a mostrar as parecenças entre o bidé e a sanita da casa de banho do quarto...Doo-doo man né?

Regressados já com Ground & Pound a tocar, deu para sentir os Terror de Gaia. Nunca os tinha visto e causaram boa impressão! Riffs, presença, vontade. Malta nova a fazer bandas boas: yes, please. Fiquei com pena de não ter visto de início. A ver se aparecem por cá mais vezes. Ou isso ou que haja algo a norte que me chame mais que as francesinhas.

De seguida tocaram os Dimension. Creio que estive no primeiro concerto da banda em Faro há meia dúzia de anos, e na altura, no auge do hype de Turnstile soou-me a algo naquela onda mas com "mais truques" de pedais. Face aos outros projetos em que parte dos membros se insere, os Dimension têm estado num estado de quase hibernação sendo que de vez em quando aparecem e dão uns concertos. Com um disco na bagagem, foi a partir dele que tocaram as suas músicas, para um público ainda adormecido que a sonoridade que aqui e ali fugia para o rock não conseguiu acordar, nem com pedais de distorção a trabalhar forte.

O tempo de espera pelos cabeças de cartaz foi longo. Não sei que o que é eles estavam para lá a fazer mas gramámos com uns vinte minutos de reggae sendo que parecia que estava sempre a dar a mesma música. Jah estava farto!

Intro da Laranja Mecânica para começar o set com a World Peace, com o Mackie Máquina a cair do banco logo na mosh part...Sorte não se ter espatifado todo. Mas com tantos anos nas botas cair de costas não é nada e nem houve tempo de parar a música. Siga para bingo!

Nem sei quantas pessoas estavam, aquela sala com aqueles balcões superiores dificulta a contagem (e esvazia a zona de baixo). Estava bastante malta sendo que podia estar mais. As barreiras no palco não ajudaram, mas não impediram dives e alguma cantoria. E o JJ agradeceu a ajuda.

Estranhei terem tocado a Crush The Demoniac tendo em conta que as set lists têm sido basicamente o Age of Quarrel (a tal história de brincar com o que se conhece), mas o JJ quis dar uma facadinha com esta...


Tocaram as habituais covers de Bad Brains e foram passando pelas malhas do AOQ quase sempre sempre grandes conversas, ainda que com tempo do JJ falar do Veterans Day sem no entanto ter dito que tinha sido Marine ou Navy SEAL, ahah. Mackie máquina! Life Of My Own. Don't Thread On Me e depois um pseudo final sem despedida para esperado encore com a We Gotta Know e Hard Times. Cro-mag. Skinhead. Breakout. Now!

Tendo em conta o feedback que tinha de amigos que os tinham visto este ano no Outbreak ou em Eindhoven não posso dizer que as espectativas fossem altas, pelo que acabou por ser o que estava à espera. Não é que o Mackie não seja granda máquina, o AJ granda guitarrista ou que o JJ não pule (que pulou), mas há ali um feeling que não sei bem explicar. Não sei se culpo o cansaço, os anos na estrada a tocar a mesma coisa ou algo mais, mas não deve ser muito normal uma banda tocar e antes do show um fica no hotel, o outro no backstage e os outros vão jantar...mas cada um sabe de si e eles andam na estrada faz anos. Depois parece que isto transpira para o concerto em si. O que os une, não sei. Quer dizer...

E afinal havia merch. Se o Harley sabe faz já um post novo no Instagram a mostrar a papelada legal. Se ainda não o seguem façam-no.

Findado o concerto fiquei à conversa com o Tiago e o Nuno (estão acerca do Alho Francês? deviam!) até que já com tudo orientado somos convidados pelo Congas e companhia para ir chillar ao "Bê Kápa". O que à primeira vez podia ser granda danceteria era afinal o Burguer King dos Olivais, que para meu desconhecimento é o local da concentração tunning/xunning de Lisboa, onde a malta vai largar fumo preto e ráteres antes de ir fazer corridas para a Vasco da Gama. Resumindo, nada como mais conversa para acompanhar aquela fast food do Belzebu, no que acabou por ser das melhores partes da noite, que acabou já eram quase 4 da matina.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #11

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.



A semana número 11 começa com um lembrete especial... Mais logo há Cro-Mags no RCA com Dimension e Ground & Pound. Depois não digam que não foram avisados. Então vamos lá ao que interessa... 

Turnstile - Real Thing - Olha quem está de volta... depois do EP de 2016 "Move Thru Me" os Turnstile regressam com esta fresquinha Real Thing que serve para abrir o apetite para o novo disco que vai sair em 2018 pela Roadrunner Records. Parece que estamos outra vez nos anos 90 e as bandas de Hardcore estão a voltar a editar discos em editoras "major" e de metal. Parece-me bem. Aqui fica igualmente o vídeo com uma boa dose de fritaria. Sintam o groove...


Anti-Flag - Liar - O novo disco dos Anti-Flag acabou de sair no passado dia 03/11. A revista Loud! publicou uma entrevista com a banda e fez uma review que deu uma nota baixinha ao disco. Sinceramente já seria de esperar. É certo que a "sensibilidade" Pop e as doses de açúcar capazes de deixar qualquer um de nós diabético dos ouvidos estão cá. Mas quem não gosta de sing-alongs e lá lá lás?! Eu cá gosto e vou comprar este disco em breve, ai vou, vou...

Converge - Broken By Light - O nono disco de Converge já saiu no passado dia 03/11 e esta é uma das músicas que fazem parte do mesmo. Acho que foram precisos estes anos todos para finalmente conseguir ouvir esta banda e até gostar daquilo que estou a ouvir. Esta música é a abrir e tenho um sério palpite que se os A Thousand Words ainda tocassem ia soar mais ou menos a esta música. Não vos parece?

Direct Hit! - Shifting The Blame - Estamos em 2017 e ainda se editam splits. Quem diria... Neste caso é um split de Direct Hit e Pears que acabou de sair na Fat Wreck Chords. Ainda no outro dia o Flávio me perguntava sobre Pears e infelizmente não o consegui elucidar muito acerca da banda, pois confesso que é daquelas que até tem um certo hype, mas que ainda não ouvi com a devida atenção. Os Direct Hit! são uma das realmente boas novas bandas de Punk Rock. Melódicos o suficiente e com músicas rápidas coisa que até nem tem sido normal nas bandas mais recentes que optam por musicas mais rockadas e mid-tempo. É certo que carreguei no repeat sempre que esta música acabou esta semana.

Zao - The Host Has Bared Its Teeth - Tenho a certeza absoluta que devo ter tido uma conversa acerca desta banda com o João Vairinhos algures em 99/00. Era daquelas bandas que invariavelmente entravam no mesmo saco New School com Morning Again, Poison The Well e afins. Na altura nunca lhe prestei grande atenção, mas esta semana até achei bastante piada a esta malha. Soa a 90s, mas moderno, pelo menos em qualidade de som. Tem aquelas guitarradas dissonantes mesmo à 90s. O Vairinhos hoje em dia não sei se gosta disto, mas tenho a certeza que o de 99/00 ia gostar.  

The Slow Death - I'll Be Right Here - Como eu gosto de fazer estes achados no Spotify. Falem bem ou mal, tenho ouvido muito mais música desde que tenho este serviço de streaming e tenho conhecido muitas bandas novas. Não conhecia os "Morte Lenta" (eheheh!!) e fiquei bastante agradado com esta malha. É aquele Punk Rock do sing along que os Hot Water Music aperfeiçoaram tão bem. Me gusta! Até pra semana pessoal... 

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras, por isso façam Follow no Spotify e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.  

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Nós Contra Eles no Spotify #10

A ideia é simples - uma playlist no Spotify com cenas novas que vão aparecendo nesta plataforma de streaming. Sim, porque estamos em 2017 e o Nós Contra Eles é bué à frente.




E assim chegamos aos dois dígitos. São já 10 semanas a actualizar a playlist. Espero que estejam a gostar. Já entrámos no último trimestre de 2017, por isso estou curioso para ver o que é que ainda vai surgir nos últimos meses do ano. Vamos a isso...

Advent - Wind From The Valley - É um facto que a Bridge 9 é uma das mais influentes editoras de Hardcore de sempre. Especialmente de 2000 para a frente. A capacidade de encontrar a "next big thing" sempre foi uma característica da editora de Boston. Mas isto é quase como uma equipa de futebol, tens de inevitavelmente de contratar algum entulho até acertares. Os Advent parecem-me ser um caso mais de entulho que de "next big thing". No entanto é uma novidade e há que ouvir para depois opinar não é?! Não me convenceram, mas ainda vou ouvir mais algumas vezes.

Brian Fallon - Forget Me Not - Para o ano faz 10 anos que os The Gaslight Anthem lançaram o melhor disco da carreira, o "The '59 Sound". Entretanto a banda já assinou por uma major label e neste momento encontra-se em hiatos. Parece que tanto tempo juntos os rapazes lá se chatearam. O que é certo é que o vocalista Brian Fallon continua a compor e este vai ser já o segundo disco. Talvez mais singer songwriter e menos Rock ou Punk Rock que Gaslight Anthem, mas ainda assim merece uma escutadela atenta. Este é o primeiro single e o disco novo chamado "Sleepwalkers" só sai dia 9/02.  

Annihilator - One To Kill - Quem tem acompanhado a playlist nas últimas semanas já não deve estranhar uma malha de metal aqui infiltrada. Desta vez coube aos Annihilator, para quem não conhece são uma banda de Thrash Metal do Canadá. Esta é a primeira música divulgada do 16º disco da carreira que se vai chamar "For The Demented" e vem cá para fora a 3/11. Antes de descobrir o Punk Rock e o Hardcore já ouvia algum Metal tipo Metallica, Megadeth ou Iron Maiden. Até estou a sentir... 

Morrissey - I Wish You Lonely - O novo disco do Moz (11º a solo) vai ser editado a 17/11. Este é o segundo single. Sou só eu com bué pica para este disco? Esta música não é tão fixe como o primeiro single, mas a letra parece-me muito boa. Moz é sempre bom! 

Antwon - Airplane Mode - Agora é que estraguei tudo não foi?! Já não faltavam as malhas choronas, as do metal agora hip hop?!! Pois é, aqui dá para um bocadinho de tudo. O Antwon é um gajo do Hardcore da Bay Area que faz hip-hop com bastante sucesso há algum tempo. Quem me falou dele primeiro foi o Rafa e se o Rafa aprova eu tenho que aprovar também. E vocês deviam ir pelo mesmo caminho. Não é tão bom como Youth of Today obviamente, mas é engraçado para ouvir coisas diferentes de vez em quando. Rafa, esta é para ti! 

The Templars - Hour Of Sorrow - Para terminar a playlist esta semana que tal uma banda Oi! ? Pode ser? Bem, agora já está e não há muito a fazer. Um dia destes tenho que perguntar ao Pedro Bica ou ao Rattus para me darem uma aula sobre The Templars e depois conto-vos o que aprendi. Até lá tenham todos um bom fim de semana. 

Esta playlist será atualizada às Sextas-feiras (se tudo correr bem), por isso façam Follow e fiquem a par das novidades. Os updates na playlist serão acompanhados por um post no blog para vos aguçar o apetite e saberem ao que vão.