domingo, 3 de dezembro de 2017

For The Glory Tour Diary - Dia 3 (Cherbourg)

Dia 3 (02/12/2017) - Cherbourg, França

Escrevo-vos estas linhas ao som do novo disco de Moonspell. Está um disco do caraças!


A manhã foi passada numa viagem até à loja de música para ir buscar umas peles de bateria e umas cordas. Por alguma razão que não sabemos qual, a pele da tarola rasgou-se... crazy! Compras feitas, vamos em direção a Cherbourg. Para vos situar a cidade fica localizada na Normandia, muito perto de onde foi realizado o desembarque, também conhecido como Dia D. Há aqui algo no ar que nos leva para outros tempos. Os bunkers embutidos nas paredes, os museus de guerra, as marcas nas casas, tudo tem algo no ar. Afinal de contas foi há 70 e poucos anos. É impressionante pensar que nestes campos que cruzamos de carrinha branca houve tanto combate. Sem dúvida uma carga enorme.


O Juxtabar é um restaurante com uma sala onde fazem uns concertos de vez em quando. Boa comida e pessoas atenciosas. Inglês é que não é o forte por estas bandas, mas nada que o tradicional falar com as mãos não resolva.

Os hosts de hoje eram o Pierre e o Romain, gente de bom coração e que tocam numa banda fixe chamada Defiance! Foram super mesmo. Em todas as datas que temos ido temos encontrado malta conhecida e amigos, mas hoje tivemos o prazer de conhecer o Nuno, que está a trabalhar naquela zona e foi sozinho ao concerto para nos ver. Dois dedos de conversa no backstage enquanto se degustava uma leffe. Falámos um bom bocado sobre tudo um pouco até que nos diz que tinha umas bandas em portugal. Perguntei qual era e responde-me que tinha sido baterista de K2O3... dude!!!! Eu desde que me lembro de puto que a malha da vaquinha, etc era cantada por pessoal da minha rua. Brutal! Deu tempo para ver videos no youtube e rir uma beca!


O concerto foi altamente, ali ainda vive aquele vibe Loures 90's. Nao há style no mosh, há people a curtir e curtem BUÉ!!! Foi grande noite mesmo. Punks, hc, oi, pessoal local tudo numa curte brutal. Tantas vezes que nos perdemos no rotular, que nos perdemos em manter uma pose que nos esquecemos que por vezes o melhor é só mesmo curtir a vida que temos. O tempo provou-me que não adianta levar demasiado a sério, mas fazer o que gosto e como gosto. Essa é a minha escolha. Pelos vistos a escolha deste people que veio num sábado frio ver uma boa noite de hardcore foi a mesma. O hardcore é lindo. Aqui em Cherbourg, Nantes ou Pinheiro de Loures sentimos igual!


Texto por Ricardo Dias, fotografias por Tiago Mateus.

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